E eu fiquei vendo Santa Rita, curtindo os lugares as praças sobre a narração de Josean, amigo de Natalício. E fiquei pensando o quanto gostaria de morar num lugar assim. Talvez por isso, essa vontade de voltar a Pombal. Ter uma praça para passar o final da tarde, caminhar até a casa da vizinha (que por um acaso é sua tia). Levar nosso filho a pé até a escola.
Acho que já contei a vocês que morei num lugar assim, o conjunto onde passei minha infância – Conjunto Água Fria. Um lugar como poucos que você poderá vê nesse país, um pedacinho do interior no meio da capital. Quando a vizinha fazia um bolo deixava um pedaço na minha casa, faltava um ovo ou manteiga buscávamos na casa da vizinha. Quando havia aniversários toda a rua estava convidada e nas férias não faltava lugar para a gente ir. Todos os portões estavam abertos. Nesse mesmo lugar havia festa de São João, Natal, Gincana e Olímpiadas. As mulheres organizavam o mês de maio para haver novenas em todas as casas e no último dia era uma festa com crianças vestidas de anjinho carregando a santa ao som da AVE MARIA. É com muita saudade que lembro do conjunto que passei minha infância.
Em lugares assim a qualidade de vida superior a que temos em João Pessoa, onde está cada vez mais difícil caminhar a pé pela cidade, andar de bicicleta ou qualquer coisa sem ser assaltado. E olha que essa ainda é uma cidade como poucas.
Mas a vida ainda é simples e boa. Em Santa Rita não teríamos parentes próximos, em Pombal não teríamos o mar ou o clima de João Pessoa. Em João Pessoa falta a paz de viver em Pombal, só que ainda há a paz. Acho que não dá para juntar tudo num canto, né? A paz que há naquelas ruas de Santa Rita, minha família de Pombal, a qualidade de vida do conjunto e a localização e o clime de João Pessoa